ATA DA OCTOGÉSIMA OITAVA SESSÃO ORDINÁRIA DA
TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM
11-10-2007.
Aos onze dias do mês de outubro do ano de dois mil e
sete, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a
segunda chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni,
Carlos Comassetto, Claudio Sebenelo, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo
de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Maria Celeste,
Maristela Maffei e Newton Braga Rosa. Constatada a existência de quórum, a Senhora
Presidenta declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram
os Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos
Todeschini, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elói Guimarães, Marcelo Danéris,
Márcio Bins Ely, Margarete Moraes, Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela
Meneghetti, Mauro Pinheiro, Neuza Canabarro, Nilo Santos, Professor Garcia e
Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Bernardino
Vendruscolo, os Pedidos de Providência nos 4485 e 4486/07; pelo
Vereador Guilherme Barbosa, a Indicação nº 142/07 (Processo nº 7913/07) e os
Pedidos de Providência nos 4501 a 4503/07; pelo Vereador Haroldo de
Souza, o Projeto de Lei do Legislativo nº 227/07 (Processo nº 7165/07); pelo
Vereador Márcio Bins Ely, os Pedidos de Providência nos 4483 e
4484/07; pela Vereadora Maria Luiza, os Pedidos de Providência nos
4487 a 4500/07. Na ocasião, foi apregoado o Memorando nos 358/07,
firmado pela Vereadora Maria Celeste, Presidenta da Câmara Municipal de Porto
Alegre, por meio do qual Sua Excelência informa a Representação Externa do
Vereador Alceu Brasinha, hoje, na solenidade de inauguração da pavimentação da
Rua Vidal de Negreiros, às dezessete horas e trinta minutos, em Porto Alegre.
Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 054, 937, 955, 1756, 3288,
4027, 4941, 6874, 8223, 9556, 10485, 11786 e 12178/07, do Fundo Nacional de Saúde
do Ministério da Saúde. Durante a Sessão, deixaram de ser votadas as Atas da Septuagésima
Quinta e Septuagésima Sexta Sessões Ordinárias. A seguir, a Senhora
Presidenta registrou a presença, neste Plenário, do Senhor João Bosco Vaz,
Secretário Municipal de Esportes, Recreação e Lazer. Em GRANDE EXPEDIENTE, a Vereadora
Maristela Maffei elogiou a política externa adotada pelo Governo Federal,
ressaltando a possibilidade de participação do Presidente Luiz Inácio Lula da
Silva na “Cúpula da Paz”, programada para o dia quinze de novembro do corrente,
nos Estados Unidos da América, para debate de situações de conflito atualmente
observadas no Oriente Médio. Ainda, teceu considerações acerca do acolhimento,
pelo Estado, de palestinos refugiados da Guerra do Iraque. Em COMUNICAÇÕES, o
Vereador Adeli Sell questionou a atuação do Senhor José Fogaça na direção da Prefeitura
de Porto Alegre, criticando a qualidade dos serviços públicos oferecidos à
população. Também, citou problemas observados por Sua Excelência no relativo à
manutenção de logradouros públicos, asseverando que praças e parques da Cidade
vêm sendo ocupados por grupos de moradores de rua, não recebendo a devida limpeza
e manutenção pela Administração Municipal. Em continuidade, foi apregoado o
Memorando nº 360/07, firmado pela Vereadora Maria Celeste, Presidenta da Câmara
Municipal de Porto Alegre, por meio do qual Sua Excelência informa a Representação
Externa do Vereador Carlos Comassetto, hoje, na reunião com o Senhor Cézar
Busatto, Secretário Municipal da Coordenação Política e Governança Local,
referente ao Clube de Mães do Cristal e Associação dos Amigos do Cristal, às quatorze
horas e trinta minutos, em Porto Alegre. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Newton
Braga Rosa defendeu a transformação de Porto Alegre em um centro tecnológico,
enfatizando a importância do incentivo aos recursos humanos e estruturais que
possui o Município nesse campo, com a finalidade de desenvolvimento de pesquisas
de tecnologia direcionada a empresas nacionais e internacionais. Sobre o assunto,
informou ter protocolado neste Legislativo proposta para criação da Secretaria
Municipal de Ciência e Tecnologia. A Vereadora Neuza Canabarro manifestou seu
descontentamento com os rumos da educação em Porto Alegre, afirmando que há
cerca de três mil crianças sem aulas no Bairro Restinga e que apenas quinze por
cento das crianças em idade pré-escolar estão sendo atendidas. Ainda,
reportou-se ao período em que Sua Excelência ocupou o cargo de Secretária
Estadual da Educação, fazendo um paralelo entre as condições de trabalho da
época e as atualmente vigentes na rede pública de ensino no Rio Grande do Sul.
Após, foi apregoado Requerimento de autoria da Vereadora Sofia Cavedon,
solicitando Licença para Tratamento de Saúde no dia de hoje, tendo a Senhora
Presidenta declarado empossado na vereança o Suplente Mauro Pinheiro,
informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Educação, Cultura,
Esporte e Juventude. Na ocasião, foi apregoada Declaração firmada pelo Vereador
Adeli Sell, Líder da Bancada do PT, informando o impedimento do Suplente Gerson
Almeida em assumir a vereança no dia de hoje, em substituição à Vereadora Sofia
Cavedon. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Mauro Pinheiro mencionou ter participado
de reuniões de moradores e comerciantes dos Bairros Jardim Leopoldina e Rubem
Berta, onde foram debatidos dificuldades atinentes à falta de segurança
enfrentada por essas comunidades. Nesse sentido, elogiou o trabalho realizado
pela Brigada Militar, ressalvando, contudo, que o número reduzido de policiais
e a falta de equipamento adequado inviabilizam o efetivo combate à violência e
criminalidade. O Vereador Professor Garcia discorreu a respeito das crianças em
situação de vulnerabilidade em Porto Alegre, relatando problemas de venda de
drogas por adolescentes na Rua Comendador Azevedo, no Bairro Floresta. Nesse
sentido, afirmou que os Vereadores desta Casa têm agora a oportunidade de
ajudar a combater essa questão, com a votação do Plano Diretor Urbano Ambiental
do Município, onde estão previstas medidas para debelar a prostituição e a
venda de entorpecentes naquela região da Cidade. Em PAUTA, Discussão Preliminar,
estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei
do Legislativo nos 154/07, discutido pelos Vereadores João Antonio
Dib, Guilherme Barbosa e Adeli Sell, e 217/07, discutido pelos Vereadores João
Antonio Dib e Guilherme Barbosa; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do
Legislativo nos 187, 203, 205, 211 e 195/07, este discutido pelos
Vereadores João Antonio Dib e Guilherme Barbosa; em 3ª Sessão, os Projetos de
Lei do Legislativo nos 161, 173, 183, 201 e 157/07, este discutido
pelos Vereadores João Antonio Dib e Newton Braga Rosa, o Substitutivo nº 01 ao
Projeto de Lei do Legislativo nº 198/06. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
o Vereador João Antonio Dib, referindo-se à votação, por este Legislativo,
ontem, do Projeto de Lei do Executivo nº 016/07, que dispõe sobre as diretrizes
orçamentárias de Porto Alegre para o ano de dois mil e oito, afirmou que esse
Processo não foi encaminhado ao Executivo no tempo devido. Além disso,
discorreu sobre dados relativos à arrecadação da Prefeitura, sustentando que os
Senhores Vereadores deveriam se ater mais a estudar essa questão do que propor
leis. A seguir, foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador Nereu
D’Avila, solicitando Licença para Tratamento de Saúde nos dias de ontem e hoje.
Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Alceu Brasinha elogiou a retomada das obras
de ampliação da Avenida Baltazar de Oliveira Garcia, contraditando a idéia de
que não se está trabalhando nesse empreendimento. Também, atentou para a
necessidade de que esta Casa defenda os interesses dos pequenos comerciantes de
Porto Alegre, desaprovando a criação de mais leis restritivas a esse ramo de
atividade e sublinhando sua contrariedade à instalação de hipermercados em
Porto Alegre. O Vereador Adeli Sell discorreu acerca da previsão de construção
da Linha 2 do sistema metroviário de Porto Alegre, salientando a relevância da
cooperação entre os Poderes Municipais, Estaduais e Federais e a iniciativa
privada na realização desse empreendimento. Nesse sentido, destacou que
exemplos existentes em outras cidades devem ser cuidadosamente estudados, a fim
de que o planejamento dessa obra compreenda as necessidades atuais e futuras da
população porto-alegrense. A Vereadora Clênia Maranhão corroborou o
pronunciamento do Vereador Adeli Sell, em relação à necessidade de instalação
de nova linha metroviária na Cidade. Ainda, apresentou dados relativos à
criação do Programa Nacional de Inclusão de Jovens: Educação, Qualificação e
Ação Comunitária – ProJovem. Finalizando, noticiou que o Secretário Municipal
da Juventude, Senhor Mauro Zacher, deverá comparecer neste Plenário para
apresentar políticas desenvolvidas pela Secretaria por ele coordenada. O
Vereador Claudio Sebenelo discursou sobre as vantagens do “aeromóvel” no
transporte de passageiros dos grandes centros urbanos, mencionando considerações
favoráveis a essa tecnologia, feitas pelo Arquiteto Carlos Augusto Campos,
especialista em Engenharia de Transportes. Ainda, questionou os motivos pelos
quais ainda não foi devidamente estudado e implantado o “aeromóvel” nas metrópoles
brasileiras, defendendo a realização de debates neste Legislativo para rever as
condições da rede viária de Porto Alegre. A Vereadora Neuza Canabarro teceu
considerações acerca do atendimento, em Porto Alegre, aos portadores de necessidades
especiais, justificando ser necessário reduzir as barreiras que dificultam a
vida dessas pessoas e suas famílias, bem como a implementação de políticas públicas
mais efetivas a esse respeito. Com relação ao assunto, relatou problemas enfrentados
pelas entidades que assistem essa parcela da população e analisou medidas para
melhorar essa realidade. Em continuidade, constatada a existência de quórum,
foi iniciada a ORDEM DO DIA. Às dezesseis horas e oito minutos, os trabalhos
foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezesseis horas e dez
minutos, constatada a existência de quórum. Após, foi aprovado Requerimento
verbal, formulado pela Vereadora Maria Celeste, solicitando alteração na ordem
de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia, nos termos estabelecidos em
reunião da Mesa Diretora com o Colégio de Líderes. Em Votação, foi aprovado o
Requerimento nº 121/07. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de
Lei Complementar do Executivo nº 003/07, por vinte e cinco votos SIM, após ser
encaminhado à votação pelos Vereadores Professor Garcia e Márcio Bins Ely, em
votação nominal solicitada pela Vereadora Maria Celeste, tendo votado os Vereadores
Adeli Sell, Alceu Brasinha, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio
Sebenelo, Clênia Maranhão, Elói Guimarães, Ervino Besson, Guilherme Barbosa,
Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Márcio Bins
Ely, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela
Maffei, Maristela Meneghetti, Mauro Pinheiro, Neuza Canabarro, Newton Braga
Rosa, Nilo Santos e Professor Garcia. Em Discussão Geral e Votação, foram votados
conjuntamente e aprovados os Projetos de Lei do Legislativo nos 062
e 066/07 e os Projetos de Resolução nos 035, 049 e 055/07. Em
Votação, esteve o Requerimento s/nº (Processo nº 2629/03), da Comissão de Saúde
e Meio Ambiente, indicando os funcionários Romeu Vitor Costa e José Luis
Espíndola Lopes, respectivamente como titular e suplente, na representação
deste Legislativo na Comissão Permanente de Acessibilidade, o qual obteve
dezesseis votos SIM, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Luiz Braz,
Elói Guimarães e Carlos Comassetto, em votação nominal solicitada pelo Vereador
Claudio Sebenelo, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Carlos
Comassetto, Carlos Todeschini, Clênia Maranhão, Elói Guimarães, Ervino Besson,
Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, Marcelo Danéris, Márcio
Bins Ely, Margarete Moraes, Maria Luiza, Mario Fraga e Newton Braga Rosa,
votação esta declarada nula pela Senhora Presidenta, em face da inexistência de
quórum deliberativo. Às dezesseis horas e quarenta e sete minutos, constatada
a inexistência de quórum deliberativo, a Senhora Presidenta declarou encerrados
os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da
próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelas
Vereadoras Maria Celeste e Neuza Canabarro e secretariados pelos Vereadores
Alceu Brasinha e João Carlos Nedel. Do que eu, Alceu Brasinha, 1º Secretário,
determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será
assinada por mim e pela Senhora Presidenta.
O SR. PRESIDENTA (Maria Celeste): Passamos ao
GRANDE EXPEDIENTE
Registro a presença do nosso Secretário
Municipal de Esportes, colega desta Casa, Ver. João Bosco Vaz. Obrigada pela
sua presença nesta tarde.
A imprensa não tem dado destaque sobre a forma como
ocorrerá essa esperada Cúpula da Paz, talvez porque faltem ainda mais de 30
dias para que ela se realize. O que sabemos é que dela farão parte
representantes da Liga dos Estados Árabes, uma espécie de organização
representativa dos 22 países árabes. Foram ainda convidados a Síria, o Líbano,
a Arábia Saudita, o Qatar, a Jordânia e o Egito. Em sua maioria, esses países
fazem o jogo dos Estados Unidos ou possuem Governos árabes moderados.
Praticamente todos mantêm relações diplomáticas e reconhecem Israel.
Há vários anos não se discute uma proposta concreta
de paz para a Palestina. Nesta semana o Presidente palestino voltou a defender
a concessão de terras para obtenção da paz. Há um consenso claro entre todas as
correntes palestinas que atuam na libertação desse povo sobre qual é a proposta
mínima que se pode aceitar para celebrar um acordo de paz. O mundo foi
surpreendido, senhoras e senhores, com a convocação, pelos Estados Unidos,
dessa reunião de Cúpula. O que vai ocorrer nos Estados Unidos, na verdade, não
é uma conferência internacional de paz, é uma reunião chamada, convocada e
decidida, única e exclusivamente, por George Bush.
Quero
aqui fazer um parêntese que considero importante, porque isso vai chamar a
atenção do mundo, outros que não estarão lá também vão poder se manifestar em
relação ao tema. Bush é que escolherá quem serão os convidados. É claro que os
principais convidados serão Israel e os palestinos da Autoridade Palestina. Mas
os palestinos, muito sabiamente, têm circulado em alguns países pedindo que
vários Governos e países sejam chamados por Bush para dar mais amplitude à
reunião. Nesse contexto é que se insere a sugestão de que Lula seja convidado.
A Índia foi lembrada, assim como a Tailândia, a Indonésia, entre outros. Apesar
de ser uma reunião unilateral, decidida sem o consenso internacional e não ser
patrocinada pela ONU, ainda que essa faça parte da mesma, Bush joga uma cartada
decisiva nisso. Quer mostrar, apesar do seu completo isolamento, que ainda pode
tomar iniciativa, apesar do desastre que vem sendo a ocupação do Iraque. É, na
verdade, uma jogada de marketing para
melhorar a imagem e a popularidade americana, ambas profundamente abaladas e
desgastadas, especialmente a do seu Presidente.
Não vejo, senhoras e senhores, nenhuma proposta
nova a ser apresentada e espero, sinceramente, que o nosso Presidente Lula, se
for convidado, aceite e participe para reforçar o lado dos mais fracos, o dos
palestinos. Mas não vejo com confiança uma real possibilidade de paz na região,
não enquanto perdurar as nossas dificuldades e essa correlação de forças que
nos é profundamente adversa na conjuntura política internacional.
Senhoras
e senhores, nós tivemos, há poucos dias, no Rio Grande do Sul um acontecimento
muito nobre neste Estado, que foi o acolhimento de um grupo de refugiados,
muitos que nasceram no Iraque, mas que não receberam cidadania; o que reflete a
problemática: eles não têm direito de retorno à Palestina, mesmo com as
resoluções da ONU. Os 1.500 que ainda estão em um campo de concentração
existente, com maus-tratos, com uma forma de vida desumana, fazem parte do
último grupo que lá se encontra. Uma parte foi para São Paulo, e o restante
está chegando ao Estado do Rio Grande do Sul. Aqui, diferente daqueles primos,
Ver. Dib, que chegaram em outros tempos, que não tiveram acolhimento nenhum,
apenas foram jogados nos portos, esses refugiados vão receber uma ajuda de
custo de 800 reais, individualmente, pela ONU e vão ser acolhidos no Hospital
Conceição.
Eu quero registrar o nome da Fátima Ali, Presidenta
Árabe/Palestina, que está à frente desse trabalho, quero dizer da nossa
gratidão e respeito a essa brava mulher que está organizando todo o acolhimento
desses sobreviventes de um holocausto que fica um pouco escondido. E quero
lembrar da festividade quando foi derrubado o Muro de Berlim, e o Governo de
Israel, hoje, constrói um grande muro, um grande apartheid, e mesmo assim, nas terras consideradas palestinas, ainda
existem comunidades judaicas - nada contra o povo judeu, absolutamente -, mas o
governo israelense, através da coligação e das relações internacionais com o
monstro chamado Bush, faz essa invasão de terra palestina. E o nosso Estado,
Vereadora e querida amiga Margarete Moraes, faz caminhos diferenciados, o da
solidariedade desse povo gaúcho no acolhimento da comunidade árabe/palestina,
nós que temos uma visão humanitária em relação ao mundo, de compreender que,
apesar de nossas dificuldades, ainda temos o princípio da soberania, mas também
do acolhimento àqueles irmãos mais sofridos do mundo inteiro.
Portanto, senhoras e senhores, é sempre bom, nesta
Casa do Povo, na Capital do Estado do Rio Grande do Sul, além do nosso umbigo,
lembrarmos que, em qualquer parte do mundo, enquanto tivermos irmãos sofrendo,
morrendo em qualquer esquina, todos temos esse olhar de solidariedade e
humanitário. É assim que age uma cidade civilizatória. Muita obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Passamos às
O
Ver. Elói Guimarães está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. O
Ver. Adeli Sell está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo da
Verª Maristela Maffei.
O SR. ADELI SELL: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; colegas Vereadoras e Vereadores. Obrigado, Verª
Maristela Maffei, pela cedência do tempo. Nós queremos levantar aqui, meu caro
Ver. Mauro Pinheiro, a preocupação com a situação das praças em Porto Alegre. A
Verª Margarete Moraes conhece muito bem a Cidade Baixa, o Menino Deus, a
Baronesa, enfim, toda essa região importante da nossa Cidade, a tão badalada
Praça Garibaldi, Ver. Guilherme Barbosa, da qual a Prefeitura disse que tinha
resolvido todos os problemas. Pois eu passei lá há pouco para ver, porque fui
chamado para verificar a dramática situação em que, novamente, está
transformada a Praça Garibaldi. Ver. João Antonio Dib, as praças estão sujas,
tomadas de moradores de rua, e isso é muito grave. Mas não basta uma solução
apenas para a Praça Garibaldi. Nós queremos, exigimos soluções, não enrolação e
embromação como está acontecendo.
Depois que um jornal da Capital deu uma “esfrega”
na Prefeitura e mostrou, com fotos coloridas, a dramática situação cinza dos
moradores de rua, dos drogaditos, a Prefeitura começou a fazer algumas ações,
inclusive com a Brigada Militar. Mas isso não basta! Tem de tratar os
drogaditos, tem de tratar as pessoas. Um alcoólatra é doente, tem de ser
tratado. Onde está a Secretaria da Saúde, trabalhando ombro a ombro com a FASC
para tratar dessas pessoas? Ali nas obras do Conduto Forçado, Verª Maristela
Maffei, uma menina de 17 anos, grávida, dormia dentro de um daqueles tubos.
Imagine, se fosse na Administração do PT, o “auê” que se faria nesta tribuna,
dizendo que havia uma jovem de 17 anos dentro de um tubo, grávida, ao léu. Eu
fico impressionado com o mutismo da Prefeitura, que não disse nada sobre os mil
dias. Nós fizemos uma análise, um jornal da Capital publicou um farto material
do que nós colocamos, e a Prefeitura se negou a dizer qualquer coisa sobre a
nossa análise.
Agora, vejam esta manchete aqui! (Mostra jornal.) Não é o Líder do PT
que está falando, é o jornal Diário Gaúcho, da RBS. Olhem aqui, é a explosão do
crack em Porto Alegre, é a Cidade tomada pela droga, vejam os números, o
aumento em dois anos. É uma coisa impressionante o que está acontecendo! E aí,
para resolver os problemas de insegurança, os problemas do alcoolismo, se faz blitz
com hora e local marcados: toda sexta-feira - todo o mundo já sabe, não é? - na
Rua Lima e Silva e Rua José do Patrocínio. Ontem de manhã, blitz às
sete, sete e meia da manhã, Ver. Mauro Pinheiro, que conhece bem a região, ali
ao lado da FIERGS! Será que o Secretário não sabe das pesquisas que são feitas
que dizem que os “rolos” do transporte de carros dos desmanches acontecem no
verão das cinco às sete da manhã, porque pegam a troca dos brigadianos às seis
horas? Será que ele ainda não aprendeu, depois de seis meses na Secretaria, e
vai fazer blitz às sete e meia, azucrinando a vida das pessoas?! Mas
convenhamos, convenhamos! Não bastasse a “desgovernança local”, nós temos agora
a “desgovernança estadual”! Eu estou pasmo, Ver. Dib, pasmo diante da
incapacidade de gestão! Nem os meios-fios são pintados e, quando pintam, como
na Semana Farroupilha, pintam errado a Bandeira do Rio Grande do Sul! Mas isso
não dá!
E
a sujeira? A Rua Demétrio Ribeiro tem um lixão na esquina com a Rua Espírito
Santo. Depois de insistentes e insistentes Pedidos de Providências, de fax, de
telefonemas, finalmente colocaram alguns pontos de luz na escura Rua Espírito
Santo. O Centro da Cidade, no entorno do Mercado Público, nunca antes na
história desta Cidade esteve tão sujo. Nós exigimos ações do Governo, nós
mostramos a desgovernança; o Ver. Marcelo Danéris fez uma publicação exemplar,
mostrando ponto a ponto; a nossa Bancada fez um jornal, distribuiu,
manifestou-se, e o Governo continua mudo. Nenhum Vereador da base do Governo
tem ousadia, coragem, de vir aqui dizer as obras que foram feitas pelo Governo.
Se citarem o Conduto Forçado Álvaro Chaves, quero dizer que a construção
começou conosco, e as obras do Conduto estão atrasadas. Haja paciência, estamos
perdendo o fôlego, mas vamos tomar um cafezinho para continuar fazendo oposição
a este Governo local e ao Governo Estadual.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Apregoamos
o Memorando nº 360 (Lê.): “Informamos que o Ver. Carlos Comassetto estará
representando esta Câmara Municipal na reunião com o Secretário da Coordenação
Política e Governança Local, Sr. Cézar Busatto, referente ao Clube de Mães do
Cristal e Associação dos Amigos do Cristal, nesta Capital, às 14h30min do dia
11 de outubro de 2007.” Assina esta Presidenta.
O
Ver. Newton Braga Rosa está com a palavra em Comunicações.
O
SR. NEWTON BRAGA ROSA: Srª
Presidenta, meus caros colegas Vereadores, muito me honra participar deste
grupo que representa a nossa Cidade.
Notícia
desta semana do mundo científico: o francês Albert Fert e o alemão Peter
Grünberg ganharam o Prêmio Nobel de Física por um descobrimento que
revolucionou o mundo da informática na medida em que permitiu aumentar em
cinqüenta vezes a densidade de gravação de discos magnéticos. O mais espantoso
dessa descoberta é que o princípio científico levou menos de dez anos para
virar um produto comercial. Dr. Dib, já no ano de 1997, o seu notebook
estava sendo beneficiado com essa tecnologia; esse é o lado bom da história!
Qual
é o lado ruim? O lado ruim é que, no dia em que foi anunciado o Prêmio Nobel,
na sala 108 do Instituto de Física da nossa Universidade Federal do Rio Grande
do Sul havia uma romaria de professores para dar um consolo ou os parabéns ao
Professor Mario Norberto Baibich, nascido na Argentina, que se tornou professor
da UFRGS em 1982. E olhem só: seis anos depois o Professor foi a Paris
trabalhar no grupo de eletrorresistência magnética. Junto com quem? Exatamente
com o Professor Fert, que ganhou o Prêmio Nobel de Física deste ano. Lamentavelmente,
após ter concluído os seus estudos e trabalhado com o Professor Fert, o
Professor Mario Norberto Baibich voltou para Porto Alegre e, aí, perdeu o
contato com aquele grupo de excelência, que continuou evoluindo até o ponto que
nós conhecemos. Nós não sabemos se ficamos alegres pelo fato de termos passado
tão próximos de um Prêmio Nobel, ou irremediavelmente tristes por termos
perdido mais essa oportunidade.
Porto
Alegre é uma Cidade que tem que achar um vocação nova: não é uma cidade
industrial; não é uma cidade agrícola; não é uma cidade de qualquer tipo de
serviços. Nós já mostramos, e o setor de tecnologia aprovou, a capacidade do
Município em desenvolver novos experimentos no campo tecnológico para serviços
de empresa daqui e do Exterior. Há 25 anos, o Brasil criou o Ministério da
Ciência e Tecnologia. Hoje ninguém tem dúvida a respeito da importância desse
Ministério no cenário nacional. Não se consegue mais imaginar o País
funcionando sem o Ministério da Ciência e Tecnologia.
Há
19 anos, com o apoio da FIERGS, aqui no Estado do Rio Grande do Sul - eu tive a
honra de fazer isso junto com o meu colega Jaime Wagner, também
professor da UFRGS -, nós ajudamos, incentivamos, incomodamos para que fosse
criada a Secretaria Estadual de Ciências e Tecnologia, e, na época, tomamos uma
decisão que, para nós, foi muito difícil de ser acatada. O experiente
funcionário da FIERGS José Maria Kroef dizia: “Criem a
Secretaria, mas coloquem na sua presidência um político”. Para nós, jovens, era
muito difícil entender o porquê. Mas logo ficou claro.
Eu
gostaria de encerrar este meu pronunciamento lembrando que a V Conferência
Municipal de Ciência e Tecnologia, promovida pelo Comcet, competentemente
liderada pelo meu amigo Jorge Branco, já recomendou a criação de uma entidade
dentro do Município, especializada, dedicada em tempo integral à Ciência e
Tecnologia. Se não é por outro motivo, que seja pelo menos pelo motivo
econômico. O Brasil tem alguns fundos que somam alguns bilhões de reais
destinados à ciência e tecnologia, Ver. Haroldo, e que não vêm para cá por uma
razão simples: porque nós não temos como recebê-los. Só uma Secretaria de
Ciência e Tecnologia possui as condições técnicas, legais e jurídicas para
receber recursos federais, que hoje estão indo para outras cidades e outros
Estados. Nós estamos em Porto Alegre. A Cedetec, na época que o Ver. Adeli Sell
estava na SMIC, fez um belo trabalho, com todas as limitações de uma Secretaria
muito voltada às atividades essenciais da Cidade, que não pode se dedicar à
ciência e tecnologia como deveria.
Fica
aqui, então, o meu registro e a notícia de que eu entrei com um Projeto na Casa
- Ver. Dib, eu sei que V. Exª tem uma opinião bem forte sobre esse assunto -,
criando a Secretaria Municipal da Ciência e Tecnologia, pelo menos como uma
forma de alerta para evitar que essa situação do Prêmio Nobel continue se
repetindo. Nós precisamos, sim, estar no primeiro time na classe mundial do
desenvolvimento tecnológico. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A Verª Neuza Canabarro está com a palavra
em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Nereu D’Avila.
A SRA. NEUZA CANABARRO: Exma Srª Vereadora Maria Celeste, Presidenta
desta Casa; Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, no dia de hoje, nós queremos
registrar o nosso inconformismo com os rumos da Educação no Município de Porto
Alegre.
Um
dia após a posse da Governadora Yeda Crusius, ela fez uma visita de cortesia à
Câmara Municipal, Ver. Luiz Braz, e nos disse que a sua intenção era ouvir o
que os Vereadores tinham a dizer a título de colaboração. Naquela ocasião, eu
disse: “Governadora, nós precisamos com a máxima urgência que seja constituído
um grupo de estudo para fazer um diagnóstico das responsabilidades do Estado e
do Município no quesito Educação em Porto Alegre.” E por que isso, Ver. João
Antonio Dib? Porque, nesse jogo do que é responsabilidade do Município, nós
estamos com aproximadamente três mil crianças sem vaga na Restinga. E isso nos
foi dito pelas lideranças em Audiência Pública promovida por esta Casa quando
do debate do Plano Diretor! Nós estamos vendo o número de crianças em idade de
freqüentar a pré-escola, mas que não têm acesso à escola; apenas 15% das
crianças estão sendo atendidas.
E
quando é que se fala em falta de vagas? No início do ano letivo. Quando é que
se fala em salário de professor? No dia 15 de outubro. Amanhã, é o Dia da
Criança, e nós estamos fazendo um alerta, e aqui está o Ver. Luiz Braz, que faz
parte do Partido que está no Governo do Estado, é nossa responsabilidade
cobrar, Vereador, um grupo que faça um estudo e diga: “O Município atende
tantas crianças; o Estado atende tantas crianças. Quantas crianças estão sem
vagas? Que providências vamos tomar?” - Ver. Haroldo de Souza - “para o início
do ano letivo?” E não lá, quando chegar no início do ano letivo. Hoje nós
tivemos uma manifestação dos professores em frente ao Palácio Piratini, e eu
digo seguinte: nós nunca vimos coisa semelhante. Eu fui Secretária de Educação,
quando saí me tacharam de autoritária, disseram que nós não demos o salário que
mereciam, que apenas corrigimos a inflação, e hoje nem a inflação é corrigida.
É uma vergonha o salário do Magistério.
E
vejam essa questão da enturmação - essa moda, esse jeito novo de governar, essa
forma diferente de desmoralizar o professor e de desprezar a criança, que é o
futuro cidadão. A criança é o centro do processo, colocar cinqüenta crianças em
sala de aula é um absurdo, é simplesmente fazer de conta que ensina. O professor
é mal pago, e as turmas são numerosas! Nós tínhamos um projeto que foi muito,
muito criticado, o calendário rotativo, que oferecia vagas a todos e não
permitia mais do que 35 alunos por turma. E agora tem cinqüenta alunos! Onde
nós vamos parar?
Ver.
Adeli Sell, com toda a admiração que tenho por V. Exª, pela pessoa que é -
correta, ética -, veja bem: onde é que está a nossa responsabilidade de
Vereadores? Nós não podemos deixar isso para resolver no mês de março. Eu me
nego, em março, vir aqui reclamar da falta de vagas! Essa denúncia precisa se
dar agora. Verª Maristela Maffei, que está aqui, que preside a Comissão de
Educação: nós precisamos exigir do Município e do Estado uma comissão para nos
dar um perfil do que se tem em Porto Alegre de crianças, qual é o diagnóstico,
qual é o nível de atendimento que será dado, qual é o número de vagas que se
tem para março de 2008.
Então
aqui fica um alerta, na véspera do Dia da Criança: a criança tem que ser
respeitada e tem que ter direito ao ingresso na educação pública e de
qualidade, algo que nós sempre honramos como um Partido Trabalhista. Obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Apregoamos
a Licença para Tratamento de Saúde da Verª Sofia Cavedon.
(Obs.:
Foi apregoado Requerimento de licença da Verª Sofia Cavedon e dada posse ao
Suplente, conforme consta da Ata.)
O
Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo
do Ver. Marcelo Danéris.
O
SR. MAURO PINHEIRO: Verª
Maria Celeste, Presidenta desta Casa; demais Vereadores e Vereadoras, público
que nos assiste, Ver. Adeli Sell, conforme o nobre Vereador colocou, o problema
da segurança no nosso Estado e na nossa Cidade realmente é um problema muito
grave. E, no dia-a-dia, junto à comunidade do Ruben Berta, do Jardim
Leopoldina, temos participado de diversas reuniões com o comércio, com as
pessoas daquele Bairro e temos visto a grande dificuldade e a falta de efetivo
da Brigada Militar, principalmente na Região Norte de Porto Alegre. Conversando
com as autoridades, com o Comandante da região, temos verificado a falta de
efetivo e de condições para que a Brigada Militar exerça suas atividades.
É
muito difícil colocar a angústia desses comerciantes e da população daquela
região. Quando se chamam autoridades que deveriam estar lá para garantir a
segurança desses comerciantes e empresários para uma reunião e revela-se o
efetivo da Brigada Militar e as condições em que estão trabalhando, a população
fica sem saber o que fazer e o que falar. Porque há efetivo de 40 soldados para
regiões com 150 mil habitantes, quando um Comandante ainda coloca que tem que
dividir em turnos e que nesses turnos ainda há membros em licença por
tratamento de saúde. Vendo a Brigada Militar, numa região tão vasta, com apenas
duas viaturas, com poucas condições, começa-se a notar o quanto, neste Estado,
parte da Segurança Pública está abandonada e a dificuldade de ser exercida a
segurança dessa região, do comércio e dessa população. Conversando com esses
comerciantes que ficam ali à mercê da sorte, pois a Brigada Militar não
consegue sequer passar uma viatura por algumas vezes na frente desse
comércio...
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Vereador, devo dizer que
ouço com muita atenção seu pronunciamento, e realmente o problema da Segurança
é sério. Veja que há 20 anos tínhamos 233 Municípios e hoje temos 496. Temos 10
mil policiais militares, menos do que há 20 anos. Então, está muito difícil!
Com a Polícia Civil é a mesma coisa. Precisaria de mais 4 ou 5 mil homens, e
não temos isso aí. Enquanto isso, vamos reclamar de falta de segurança, falta
de segurança, falta de segurança.
O
SR. MAURO PINHEIRO: Ver.
João Dib, muito obrigado pelas suas colocações. É justamente isso. Conversando
com a Brigada Militar, a gente verifica a falta de condições, a falta de
efetivo. Com relação a isso, nós, como Vereadores e representantes do povo
nesta Cidade, não podemos nos calar. Temos que, junto à população, junto à
Brigada Militar, fazer o maior esforço, para que essa corporação, essa nobre
corporação que é a Brigada Militar, tenha melhores condições de trabalho, pois,
quando se conversa com eles, pode-se saber em que condições eles trabalham.
Realmente é muita dificuldade, esses soldados da Brigada Militar são
verdadeiros heróis pela forma como têm trabalhado para garantir a segurança da
população. Só que os pequenos empresários que ficam lá, à beira da rua, muitas
vezes são esposa e marido trabalhando em pequenos comércios, são assaltados, há
quase um sorteio para ver quem será assaltado naquele dia. Nós fomos procurados
e não tivemos o que dizer para essas pessoas, realmente a falta de Segurança
Pública é muito difícil para esses comerciantes.
O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Mauro Pinheiro, a gente sabe que tudo
é difícil, eu também tenho experiência com assaltos: lá na minha loja, na Av.
Baltazar de Oliveira Garcia, em seis meses, fui assaltado cinco vezes. Na
última em que vez chamamos a Brigada, ela não tinha nem gasolina para ir
embora; tivemos que botar gasolina para ela sair, isso para vermos a
dificuldade por que passa a Segurança. Então, para quem tem um pequeno comércio
- V. Exª que também é um representante da Zona Norte - é terrível sobreviver lá
fora, é quase impossível!
O SR. MAURO PINHEIRO: Os Vereadores
desta Casa, conversando com a Brigada Militar, ficaram sabendo que agora o nº
190, da Brigada Militar, tem fila de espera, Ver. Adeli. Agora não é mais só no
SUS, o pessoal reclama do SUS, agora também na Brigada Militar há fila de
espera para atendimento. Realmente, a dificuldade é muito grande, e acho que
nós, Vereadores desta Casa e representantes do povo, temos que nos somar para
buscar, juntos, alternativas de segurança para esses pequenos comércios. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver.
Professor Garcia está com a palavra em Comunicações.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Srª
Presidenta, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu quero fazer uma abordagem sobre um tema
que já conhecemos há bastante tempo, inclusive presidimos a Comissão Especial
que tratou a questão das crianças em situação de vulnerabilidade em Porto
Alegre. Nesta semana, a jornalista Luciamem Winck e a Mirella Poyastro
trouxeram a questão da Rua Comendador Azevedo. Sabemos que, na realidade, o que
está estampado é o flagelo
social do bairro Floresta. Em uma entrevista às jornalistas, um menino de 14
anos colocou que, a cada dez pedras de crack que ele vende, uma é dele.
Falou mais: que a média do custo de uma pedra de crack, hoje, era de
cinco reais. Falou que algumas ele usava, outras ele vendia e levava o dinheiro
para ajudar em casa. E há um detalhe: ali o tráfico é aberto e próximo à
Delegacia de Polícia!
Então,
quero parabenizar a ação desta semana da Brigada Militar juntamente com o DMLU.
Nós sabemos como se dão essas ocupações dos espaços urbanos. Aparentemente está
resolvido o problema da Rua Comendador Azevedo, mas, imediatamente, vai
estourar em outro lugar do entorno. Na realidade, são paliativos que não
resolvem a questão de cunho social, em que nós temos que, cada vez mais,
interferir.
Mas
nós, Vereadores, teremos a oportunidade de minimizar os problemas daquela
região - região do bairro Floresta, do bairro Navegantes e imediações do 4°
Distrito -, já que estamos discutindo o Plano Diretor da cidade de Porto
Alegre, onde está prevista a possibilidade de um novo adensamento populacional,
com construções para incentivar a migração da população para aquela região. E o
que notamos nos últimos cinqüenta anos? A Cidade virou as costas para aquela
região, que era essencialmente empresarial, com indústrias; essas indústrias
desapareceram de Porto Alegre. Porto Alegre é uma Cidade que fez a sua opção
vocacional pelos serviços e pelo comércio, não é mais uma Cidade com vocação
industrial. E não é por acaso que os bolsões de miséria diminuíram em Porto
Alegre e aumentaram em outras cidades, como em Gravataí, onde hoje há mais de
trinta mil pessoas em situação de miserabilidade.
Então,
essa situação temos que tratar sob vários ângulos. Primeiro, a questão da
prostituição, cada vez mais emergente, que ocorre a qualquer hora na nossa
Cidade. Como atacar a questão da prostituição? Junto com ela está, cada vez
mais - e isso está provado, não é preciso uma reportagem para nos alertar -, a
questão do narcotráfico, da exploração sexual de menores e, com tudo isso, o
medo da população que mora naquele entorno, chegando ao ponto de os próprios
guardadores de carro dizerem que, em determinados horários, eles têm medo de
ficar ali, porque também poderão ser vítimas. Então, é uma situação de
guerrilha urbana - e coloco essa palavra forte. Temos que estar atentos, porque
o Poder Público e nós, Câmara de Vereadores, também temos, cada vez mais, de
zelar por esses segmentos que, neste momento, estão órfãos dentro da sua
própria Cidade. Muito obrigado, Srª Presidenta.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Obrigado,
Ver. Professor Garcia.
Passamos
à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 4794/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 154/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que institui, no âmbito do Município de Porto Alegre, o
Programa de Prevenção ao Alcoolismo e Desestímulo ao Consumo de Álcool entre os
Adolescentes e os Jovens, cria a Semana Municipal contra o Alcoolismo, revoga
as Leis nos 7.497, de 21 de setembro de 1994, 8.867, de 28 de
dezembro de 2001, 8.592, de 31 de agosto de 2000, 9.429, de 16 de abril de
2004, 9.432, de 20 de abril de 2004, e
9.996, de 19 de junho de 2006, e dá outras providências.
PROC.
Nº 7108/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 217/07, de autoria do
Ver. João Antonio Dib, que denomina Rua Carlos Maximiliano Fayet o logradouro
público cadastrado, conhecido como Rua 6370 – Loteamento Lagos de Nova Ipanema.
(Este
projeto com parecer favorável das Comissões Permanentes pelas quais tramitar
será considerado aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 6340/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 187/07, de autoria do Ver. Nereu D'Avila, que
inclui no Calendário Oficial de Eventos do Município de Porto Alegre a Romaria
da Paróquia Nossa Senhora Medianeira, a ser realizada anualmente, no segundo
domingo do mês de novembro.
PROC.
Nº 6608/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 195/07, de autoria do
Ver. Elias Vidal, que institui, no Município de Porto Alegre, o
Espaço Cultural de Rua e dá outras providências.
PROC.
Nº 6826/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 203/07, de autoria do Ver. José Ismael Heinen,
que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Cláudio
Umberto Sauter.
PROC.
Nº 6880/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 205/07, de autoria da
Verª Clênia Maranhão, que denomina Rua Renato Souza o logradouro público
não-cadastrado, conhecido como Rua 7057 – Loteamento Hípica Boulevard. (Este
projeto com parecer favorável das Comissões Permanentes pelas quais tramitar
será considerado aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 7047/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 211/07, de autoria do Ver. Mario Fraga, que
concede o título honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao Senhor Carlos
Casses Presser.
3ª SESSÃO
PROC.
Nº 4597/06 – SUBSTITUTIVO Nº 01, de autoria do Ver. Claudio Sebenelo, que altera a ementa e o art. 1º, “caput”
e §§ 1º, 2º e 4º, e acrescenta art. 1º-A na Lei nº 4.555, de 30 de abril de 1979, e
alterações posteriores, aumentando o número de licenças concedidas pelo
Executivo Municipal para o exercício do comércio ambulante em veículos ou
“stands” padronizados para o conserto de fechaduras, serralharia de chaves e
despachantes ambulantes e dando outras providências, ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 198/06, de autoria da Verª Maristela
Meneghetti.
PROC.
Nº 4804/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 157/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que
obriga a previsão de soluções que permitam a instalação de sistemas
termossolares para aquecimento de água nos projetos de construção de unidades
habitacionais populares decorrentes de programas habitacionais implementados
pelo Departamento Municipal de Habitação – DEMHAB -, como alternativa ao uso de chuveiros elétricos nessas unidades.
PROC.
Nº 4887/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 161/07, de autoria do
Ver. Nereu D'Avila, que denomina Rua Mário Jarros o logradouro público
cadastrado, conhecido como Rua 2913 – Loteamento Verdes Campos -, localizado no
bairro Mário Quintana. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 5321/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 173/07, de autoria da Verª Maristela Maffei, que
concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Frei Albano Roberto
Bohn.
PROC.
Nº 6203/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 183/07, de autoria do Ver. Elói Guimarães, que
concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Cel. Irani Flôres de
Siqueira.
PROC.
Nº 6798/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 201/07, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Praça Irmão Modesto Girotto o logradouro
não-cadastrado, conhecido como Praça 1 – Vila Nova Santa Rosa -, localizado no
bairro Rubem Berta. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, Caetano Maria Lopes Gama, o
Governador da Província de São Pedro do Rio Grande, em 1830, dizia: “Chega de
leis, as que existem são necessárias e suficientes, basta que sejam cumpridas”.
Em
primeiro dia de Pauta temos o PLL nº 154/07, que institui, no âmbito do
Município de Porto Alegre, o Programa de Prevenção ao Alcoolismo e Desestímulo
ao Consumo de Álcool entre os Adolescentes e os Jovens, cria a Semana Municipal
contra o Alcoolismo, revoga as Leis nos 7.497, 8.867, 8.592, 9.429,
9.432, 9.996 - esta última é de junho do ano passado, portanto tem um ano e
pouco. Será que a nossa solução está em fazer mais uma lei? Será que não seria
mais interessante fazer a consolidação dessas leis que tratam da luta contra o
alcoolismo, que todos sabemos ser nefasto não só para jovens, adolescentes, mas
para toda a criatura humana? Deve haver um limite na ingestão de álcool. Um
cálice de vinho tinto, dizem os médicos - alguns, não todos -, em cada
refeição, seria bastante interessante. Mas abusar do álcool não é interessante
em caso nenhum. Depois, esse Projeto de Lei entra na área da União, do Estado,
do Município, entra na autoridade do Prefeito. Acho até que nós não
precisávamos mais fazer as coisas como acontecem agora - dois Poderes, o Legislativo
e o Executivo -, voltemos a 1892, e o Legislativo comanda a Cidade...! Está
tudo bom! Aí fica tudo certo. Não tem problema nenhum.
Adiante,
em 2ª Sessão, temos o PLL nº 195/07, que institui, no Município de Porto
Alegre, o Espaço Cultural de Rua e dá outras providências. Gostaria de saber
mais sobre o Espaço Cultural de Rua, e a Verª Margarete Moraes, que foi
Secretária da Cultura, sabe que Porto Alegre cuida bem da Cultura, inclusive
muitas das iniciativas são de quando ela foi Secretária, iniciativas que
continuam até hoje. Não sei se haveria necessidade de mais uma lei. Já foi dito
que não precisamos de tantas leis - isso em 1830, há 177 anos.
Também
há o PLL nº 157/07, sobre a previsão de soluções que permitam a instalação de
sistemas termossolares. Eu disse que o melhor seria já construir as instalações
para que pudesse ser utilizada a energia solar, o que no nosso Rio Grande do
Sul seria muito interessante. Já houve iniciativas, e não sei por que não
seguiram em frente.
Os
Projetos restantes são sobre denominações de logradouros, inclusive eu estou
propondo a denominação de um logradouro, homenageando a figura extraordinária
de Carlos Maximiliano Fayet, orgulho gaúcho na arquitetura brasileira, um nome
de expressão na arquitetura. Ele foi servidor municipal, ajudou a elaborar o
Plano Diretor e deixou marcada, profundamente, a sua passagem na nossa Cidade -
já que ele aqui não nasceu -, pelo seu trabalho de arquiteto extraordinário.
Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.)
Ausente. O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta.
(Pausa.) Ausente. O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir a
Pauta.
O
SR. GUILHERME BARBOSA:
Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, o Ver. Dib
não gosta muito de leis, mas hoje ele produziu uma lei boa. Quero parabenizar
V. Exª por homenagear o arquiteto Carlos Fayet, um dos nossos principais profissionais
da arquitetura no Estado, dando o nome dele a uma rua da Cidade ser. Lembro-me
de duas obras importantes, pelo menos, do arquiteto Fayet: o Tribunal de
Justiça do Rio Grande do Sul e o Araújo Vianna - que já debatemos bastante aqui
-, entre tantas outras, mas esses dois locais são símbolos da nossa Cidade.
Quero
também comentar, com mais vagar, o Projeto da Verª Maria Luiza que, da mesma
forma, já foi comentado pelo Ver. João Dib. O Projeto institui, no âmbito do
Município de Porto Alegre, o Programa de Prevenção ao Alcoolismo e Desestímulo
ao Consumo de Álcool entre os Adolescentes e os Jovens, cria a Semana Municipal
contra o Alcoolismo e revoga seis leis. Ele é muito denso, aborda vários itens,
dá recomendações, punições severas, é um Projeto, portanto, muito complexo.
Revogar seis leis significa uma situação complicada, na medida em que esta Casa
já as debateu, elas já estão em funcionamento, temos que verificar se a lei
proposta realmente substitui, com vantagem, aquelas que estão funcionando. Sou
da mesma opinião que o Ver. João Dib; numa situação como essa, seria muito mais
interessante trabalhar na consolidação das leis que abordam a questão do
álcool, da criança e do adolescente do que realmente criar, por autoria de um
Parlamentar... As consolidações mantêm um trabalho muito mais complexo,
coordenado pela Mesa e a Diretoria Legislativa, em relação àquilo que seria a
iniciativa de apenas um de nós, um dos Parlamentares desta Casa.
Realmente,
eu vejo coisas muito fortes no Projeto. De saída, é um Projeto
inconstitucional, isso temos de reconhecer, porque dá tarefas, envolve
recursos, estabelece critérios, e tudo seria feito pelo Executivo Municipal, e
há outras coisas mais. Para dar um exemplo, ele diz que o Conselho Municipal
deve participar... O Conselho Municipal do Direito da Criança e do Adolescente
não é um órgão executor, ele é um órgão deliberativo. O Projeto determina
tarefas para a SMED, para a FASC e assim por diante.
Esse
é um tema com o qual eu, no meu primeiro mandato, trabalhei bastante nesta Casa
- a questão dos danos causados pelo álcool -, reconheço a preocupação da
Vereadora, até porque ela atua na área da Assistência Social, mas acho que o
Projeto é muito complexo, é muito ousado até, é inconstitucional. Então acho
que nós vamos ter de abordá-lo e estudá-lo com muita calma, porque de fato ele
é muito amplo e muito complicado.
Por
último, também considero um tanto quanto estranho e talvez desnecessário o
Projeto do Ver. Elias Vidal, que cria o espaço Manifestação Cultural de Rua.
Não sei exatamente qual o objetivo e como isso se daria, porque o Município já
tem muitos espaços. Embora hoje haja uma tendência de um dos nossos principais
espaços passar para a iniciativa privada, que é o Araújo Vianna - nós vamos
perdê-lo, ele deixa de ser público, agora é a empresa Opus que vai gerenciar, e
a Prefeitura ficará com um pequeno tempo de uso desse espaço -, ainda existem
vários outros locais; há um que é bonito, o Anfiteatro Pôr-do-Sol. Mas tudo
bem, vamos analisar com calma, mas desde já estranho o Projeto. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): O
Ver. Newton Braga Rosa está com a palavra para discutir a Pauta.
O Sr. Guilherme Barbosa: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Agradeço o aparte, Ver. Newton, mas no
fundo o Projeto tem uma contradição. Como é o DEMHAB que produz casas
populares, esse equipamento criará um peso significativo na produção e no valor
da moradia popular. Por outro lado, se deixarmos para o futuro usuário da
moradia colocar o equipamento, sabemos que ele jamais vai colocar, porque são
exatamente pessoas de baixa
renda. Então, apesar da boa idéia, acho que o Projeto é inexeqüível.
Infelizmente quero dizer isso. Muito obrigado.
O
SR. NEWTON BRAGA ROSA:
Muito obrigado. Eu acho que é muito pertinente a sua observação, a viabilidade
econômica é questionável. Agora, vamos lá, talvez o Projeto precise de alguma
emenda, talvez o Projeto não seja, não possa e não deva ser aplicado em todas
as unidades de um loteamento, mas em alguns loteamentos a título de
demonstração, porque economizar energia não é simplesmente substituir o
chuveiro elétrico pela água aquecida através da energia solar; economizar
energia é uma questão de atitude, é as pessoas terem consciência de que
deslocamentos desnecessários consomem energia, de que deixar luz acesa consome
energia. Eu acredito que o Projeto tem como seu grande mérito o efeito demonstração,
o despertar para a consciência ecológica, especialmente no que se refere à
preservação da energia, que é o grande momento que vivemos. Aliás, se cada
cidadão do mundo consumisse a quantidade de energia que um californiano médio
consome por ano, nós precisaríamos de dois globos e meio, duas Terras e meia
para dar a mesma cota de energia para todos os habitantes que nós temos no
planeta. Nós não podemos continuar assim. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro):
O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. ADELI SELL: Verª
Neuza Canabarro, colegas Vereadores e Vereadoras, a Verª Maria Luiza propõe que
se institua no âmbito do Município de Porto Alegre um Programa de Prevenção ao
Alcoolismo e Desestímulo ao Consumo de Álcool entre os Adolescentes e os
Jovens, cria a Semana Municipal contra o Alcoolismo e revoga algumas leis,
enfim. Eu quero tratar desse tema. Na verdade, o que nós precisamos é ter uma
audiência com o Secretário Municipal, que é do Partido da Vereadora, o Partido
Trabalhista Brasileiro, com o qual nós temos dialogado sobre vários temas,
inclusive temos juntado forças aqui para aprovar determinadas resoluções. Eu
pediria que a Vereadora solicitasse uma audiência com o Secretário, eu gostaria
de acompanhar. Até falo isso para as assessorias do PTB, porque poderíamos
fazer um grande programa, independente de legislação, porque legislação federal
contra o uso e venda de álcool para menores já existe, já temos outras
legislações.
Na verdade, o que temos que fazer é dar uma
resposta à chamada Lei Seca, porque, no interior do Estado, o maior nível de
consumo de álcool é entre jovens e não se dá nas noites de sexta e sábado, como
ocorre em Porto Alegre, mas nas tardes de sábado e de domingo; a cultura
interiorana é diferente. Eu já debati essa questão com o Delegado Ênio, do
DECA, por sinal um delegado extremamente competente, que conhece bem o interior
do Estado. Eu já disse isso também ao Coronel Nilson Bueno, que comanda a
Brigada no interior do Estado. Não é possível transpor a realidade de Santo
Ângelo - com todo o respeito à cidade, uma das maiores cidades do Interior,
onde ele foi comandante - para Porto Alegre e a Grande Porto Alegre. E não dá
para entender que o Secretário Mallmann, que foi um grande policial da Polícia
Federal, não compreenda essa realidade, que tem que ser trabalhada com a
Secretaria de Saúde do Estado, pois o alcoolismo é um problema de Saúde
Pública.
O PTB tem o Secretário Municipal de Saúde, então é
um grande momento, independentemente de lei, Ver. Brasinha, para discutirmos
essa questão, porque acho, tal qual o Ver. Brasinha, que um restaurante, um
bar, uma casa noturna poderiam funcionar 24 horas por dia, a qualquer hora,
desde que fossem cumpridas as decisões legais que já existem: tem ou não
acústica? Como é que alguém pode vender bebida em garrafa e sair para a rua
emporcalhando a rua, como acontece na Cidade Baixa? Quando fui Secretário,
fizemos uma discussão com o Ministério Público, e não tinha essa de vender
bebida para quem não estivesse sentado à mesa, aí não havia garrafas na rua.
Fizemos isso em Ipanema.
Verª Maria Luiza, a sua idéia de um trabalho para
combater o alcoolismo, que é uma doença, é fundamental, mas eu diria que é
muito mais correto a Bancada do seu Partido, que tem o Secretário Municipal -
estão aqui vários dirigentes do PTB e assessores -, fazer uma grande discussão
aqui. Vamos chamar, inclusive, o Secretário Estadual da Segurança Pública, para
ver se ele aprende alguma coisa com os médicos, porque o problema de alcoolismo
não é um problema de segurança, é um problema de Saúde Pública. Essa é a
questão! Nós temos que tratar as pessoas. Assim como aconteceu com os
drogaditos que foram abordados nesta semana pela Brigada Militar no bairro
Floresta; tem que ter um cuidado! As pessoas chegaram ao fundo do poço, e
devemos tratá-las.
Então, eu faço um apelo à Verª Maria Luiza, ao Ver.
Brasinha, à Bancada do PTB, para que façamos um debate com tempo com o
Secretário Municipal, que é do seu Partido, e vamos ter Porto Alegre como um
exemplo, Verª Maria Luiza, para esse combate ao alcoolismo.
A Srª Maria Luiza: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigada, Ver. Adeli Sell. São importantes
as suas considerações, tendo em vista que há um problema sério na Capital
gaúcha, e não só aqui, também no Estado e no Brasil todo. Então, nós estamos
apresentando esse Projeto como forma de poder articular as diversas políticas
públicas na área da drogadição, para que, de fato, a gente faça esse
enfrentamento de forma organizada com todos os segmentos da sociedade. Eu
agradeço a sua indicação para que possamos conversar com o nosso Secretário da
Saúde também. Obrigada.
O SR. ADELI SELL: Estaremos
juntos. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Claudio
Sebenelo está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver.
Aldacir Oliboni está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente.
Encerrada a Pauta.
O Ver. João Antonio Dib está com palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, ontem, no fim da
tarde, início da noite, esta Casa votou a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Até
me disseram que a Prefeitura trabalhava à noite. Eu sei que a Prefeitura
trabalha o dia todo, 24 horas por dia, 365 dias ao ano, quando não é bissexto.
É verdade que trabalha, senão não teríamos água distribuída, não se coletaria
esgoto, não se atenderiam os doentes no Pronto Socorro. Claro que a Prefeitura
trabalha, mas o expediente da Prefeitura, a parte administrativa - em toda a
Prefeitura, a parte administrativa - se encerra às 18h. Mesmo que não fosse
esse o horário, nós teríamos que ter votado a LDO - segundo o material distribuído
pela competente Diretoria Legislativa - no dia 1º de outubro, e não no dia 10
de outubro, quando o Projeto deveria estar, sim, na mão do Prefeito. E, para
que isso ocorresse, depois de aprovada com alterações aqui no plenário, a lei
passaria pela Comissão de Finanças para que fosse examinada, para que fosse
feita a redação final, e, depois de feita a redação final, se entregaria à
Diretoria Administrativa, e a Diretoria Administrativa, através da Presidência,
mandaria para o Prefeito. Então, faltou consciência para alguns Vereadores
quanto às responsabilidades que nós temos. E seria a primeira vez que a Câmara
não ia cumprir prazo, e só cumpriu não pela falta de consciência de Vereadores,
mas pela consciência dos servidores lá da Comissão de Finanças, que, na medida
que estava sendo debatida aqui, estavam fazendo a redação final, e, quando nós
terminamos a votação, eles colheram as assinaturas dos integrantes da Comissão.
Eu sempre reclamo contra fazer leis, leis e mais
leis. Não é disso que nós precisamos. Nós precisamos observar o cumprimento das
leis. Nós precisamos fiscalizar. É isso que o Vereador tem que fazer. Então,
fico preocupado, eu ouço muitas reclamações, muitas críticas e coisas que me
parecem que não são bem estudadas. E gosto de olhar as Receitas da Prefeitura
para saber o que está acontecendo; são dados oficiais, eu não invento. Até
agosto - ainda não tenho os dados de setembro, os de setembro eu terei no dia
28 deste mês - a Prefeitura deveria ter, dentro de proporções, dentro da média,
recolhido 66,6% das previsões orçamentárias. Isto deveria assustar os
Vereadores. Na verdade, a arrecadação da Prefeitura ficou em 58,62%, quer
dizer, está 8% abaixo da média do que deveria acontecer.
E alguns valores aqui não vão ser alterados mais, não
vai haver milagre para que eles acresçam. Por exemplo, em relação ao Fundo de
Participação dos Municípios, a Prefeitura apenas arrecadou 63% da previsão, e
todos os anos era um valor que, mês a mês, superava a média. O ITR também não
tem sentido. Quando à Lei Kandir, só 18% foram arrecadados; da previsão de 14
milhões, arrecadaram-se 2 milhões e 600 mil reais. O SUS, esse quase que atinge
o valor: 66,45%. Mas já o ICMS dá 10% menos do que a previsão orçamentária. E
esse não vai aumentar, porque nós estamos olhando, mês a mês, a arrecadação do
Estado diminuir. E aqui não tem milagre para ser realizado.
Assim, há uma série de números que poderiam e
deveriam ser examinados por todos os Vereadores, números que fazem com que o
Orçamento fique abaixo das previsões. Vejam: operações de créditos, até agora,
apenas 19 milhões de reais; alienação de bens, 8 milhões de reais;
transferência de capital, 3 milhões e 300 mil reais, a previsão era de 12
milhões e 200 mil reais, apenas 27%. Então, essas coisas deveriam preocupar os
Vereadores, e não fazer emendas do Orçamento, não dizer que foi votado na hora
certa, que estava tudo correto, que está tudo bem feito... Não fossem aqueles
servidores da Comissão de Finanças, nós teríamos passado a vergonha de não
termos entregue no dia definido no Regimento Interno, definido nos trabalhos
que a nossa querida Diretoria Legislativa fez; nós teríamos passado vergonha
pela primeira vez, e a minha Presidenta não mereceria esse descrédito de, na
sua administração, não ter sido cumprido um prazo. Saúde e PAZ! Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Nereu
D’Avila solicita Licença para Tratamento de Saúde nos dias 10 e 11 de outubro,
conforme atestado médico.
O
Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ALCEU BRASINHA: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores, pois bem, nós temos um
cidadão, o grande Vereador Dib, que foi Prefeito, e ele foi Prefeito 999 dias, Vereadora, e hoje o Fogaça
tem 15 dias a mais que o Prefeito Dib; o Prefeito Dib já perdeu na quantidade
de dias para o Prefeito Fogaça; o Prefeito Fogaça tem 1.014 dias hoje, Ver.
Dib. Também este Vereador tem 1.014 dias de Legislador em Porto Alegre, é um
grande orgulho ter ficado esses 1.014 dias; ficar mais uns dias será muito
importante para mim nesta carreira de Vereador.
A
Governadora Yeda está há 284 dias no Governo, faltam 81 dias para terminar um
ano, e, graças a Deus, a Governadora Yeda começou a trabalhar, e faz 44 dias
que começou a obra na Av. Baltazar, Ver. Luiz Braz, aquela obra já está andando
mais depressa. Pois bem, tem um cidadão que diz que não tem ninguém trabalhando
na Av. Baltazar, mas eu já contei duas vezes, fui pela terceira vez e, na
quarta vez, cheguei a contar 90 profissionais trabalhando ao longo da Av.
Baltazar de Oliveira Garcia. Será que esse amigo que se diz líder do bairro
passou de noite, ou passou ao meio-dia ou, quem sabe, passou na hora do
intervalo? Acho que tem que ir na hora do expediente, que é hora do trabalho.
Eu
tenho orgulho de fazer parte da Bancada do PTB, que é composta por seis
Vereadores - Ver. Almerindo, Verª Maria Luiza, Ver. Dr. Goulart, Ver. Elói
Guimarães, Ver. Nilo Santos -, e para mim é um grande orgulho ter o Elói como
Líder, eu o admiro, todos os dias eu conto os seus dias: hoje ele tem 24.256
dias, Ver. Dib. O senhor vê que o senhor está ganhando, o senhor tem um pouco
mais de vinte e oito mil e uns quebrados, mas, quem sabe, o Elói vai chegar lá!
Mas,
tudo bem, as coisas acontecem nesta Capital, é gente fazendo lei de um jeito, é
gente fazendo de outro, e o pequeno comércio não agüenta mais, ser pequeno
empresário é quase impossível, porque, se fosse fácil, todo mundo seria
empresário. Aí vem o Secretário de Justiça implantar a Lei Seca, acho que não é
por aí que vai terminar o crime, enfim. Nós temos que olhar para o pequeno
empresário, que dá empregos, e muitos. Se uma pequena empresa tiver dois
funcionários, podem ter certeza absoluta de que lá na casa deles existem três,
quatro que sobrevivem daquela empresa e assim por diante. Cada pequeno
empresário dá algum emprego! E eu acho que, se botarmos hoje no caderno, o
pequeno empresário, juntando tudo, dá muito mais emprego do que as grandes
empresas. Essas grandes empresas ganham incentivo, ganham tudo, e o pequeno
empresário não ganha incentivo nunca, ele sempre está debaixo do mau tempo,
está com cheque especial estourado no banco, esse é o crédito que nós temos, o
pequeno empresário. E, aí, não tem como fazer milagre, porque, chegando o dia
de pagar seu imposto, seu aluguel, sua luz, sua água, ele tem que pagar, senão,
passada uma ou duas semanas, já vem o aviso de corte de luz, de corte de água,
enfim, não tem condições! Ver. Dib, o senhor, que foi Prefeito desta Cidade por
999 dias, sabe o quanto é difícil. Quanta gente, na sua época, na sexta-feira e
no sábado, quem sabe, ficou sem água ou luz porque foram cortadas? Imagine! Eu
acho que o Poder Público deveria ser mais sensível e não cortar mais a água na
sexta-feira, porque simplesmente a pessoa não tem condições de recorrer e
pagar; que cortem na segunda, para terça-feira estar ligada novamente.
Ver.
Elói, esta Casa é a Casa do representante popular, e nós, Vereadores, temos que
trabalhar para defender o pequeno empresário, meus amigos! O pequeno empresário
está sofrendo, está lá em um canto. Os caras estão esmagando eles, vêm as
empresas grandes, que fazem aqueles megaempreendimentos, e nos deixam a ver
navios. Por exemplo, o Carrefour veio para a Zona Norte, implantaram aquela empresa
grande, bonita, enfim, e os irmãos ao lado, do pequeno comércio, do
minimercado, da farmácia, da oficina, do açougue quebraram. E quem vai amparar
esse pequeno empresário logo mais ali na frente? Quem vai amparar? Como? Eu
acho que chega de hipermercados aqui em Porto Alegre! Chega de grandes
empresas! Porque tem um detalhe: não tem mais condições de aplaudir os caras
que vêm lá de fora para a cidade de Porto Alegre, e o pequeno empresário,
literalmente, quebrar! Nós não podemos mais admitir isso!
Vereadores,
vamos fazer um trabalho em conjunto, vamos trabalhar pela Cidade todos juntos,
sem olhar de que Partido é! A gente tem que olhar para o povo que mais precisa.
Obrigado, senhores.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Obrigada,
Ver. Brasinha.
O
Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. ADELI SELL: Cara
Presidenta, Verª Maria Celeste; colegas Vereadores e Vereadoras, em nome da
Bancada do Partido dos Trabalhadores, eu quero voltar ao tema da Linha 2 do
metrô.
O
Ver. Luiz Braz, ontem, fez um relato da missão que nos foi dada pela Mesa
Diretora: irmos a Florianópolis para fazermos a legítima pressão de colocarmos
a ação Linha 2 do metrô - a linha do Mercado Público até o Campus da UFRGS, são
13 quilômetros - no Plano Plurianual do Governo Federal. Claro que, a partir
disso, haverá um conjunto de decorrências. Esse assunto também esteve na pauta
de um grande jornal da Capital no dia de ontem - senão me falha a memória -,
num programa de rádio em que estava presente, entre outros, meu colega de
Bancada Ver. Guilherme Barbosa, que eu lembre, e num programa de TV.
Eu
queria mais especificamente dialogar com a Líder da Bancada do PPS, a Bancada
do Governo, a Verª Clênia Maranhão, sobre a importância que tem para uma
cidade, para uma metrópole, quando os Governo local, Estadual e Federal, dada a
complexidade de uma metrópole, trabalham juntos. Foi formado um escritório das
três instâncias governamentais, e esse planejamento deve ser concluído até o final
deste ano. Porto Alegre precisa de um metrô, as grandes cidade têm essa
necessidade - os Vereadores Dib e Elói, que já foram Secretários Municipais de
Transporte, sabem disso. Com as modernas tecnologias, Ver. Newton Braga Rosa -
V. Exª conhece muito bem essa temática -, nós temos hoje trens modernos, trens
leves, com muito menor custo que os antigos, os chamados trens pesados; nós
temos grandes condições de avanço. Inclusive nos foi comunicado aqui, na visita
que fez o Presidente da Trensurb à Srª Presidenta e aos Vereadores, que nós
teremos no ano que vem, Ver. Dib, uma ligação da Estação Anchieta com o
Terminal do Aeroporto, através de um aeromóvel, tal qual esse que há na frente
da Câmara. Ou seja, Porto Alegre começa a pensar o seu futuro, e nós temos que
seguir o exemplo, Ver. Sebenelo, do Instituto de Planejamento Urbano de
Curitiba, o Ipuc, que, por longos anos, planejou a Curitiba do futuro, Ver.
Todeschini, e hoje a linha de ônibus, o chamado Ligeirinho, chegou a um
determinado patamar. Eles também colocaram a questão da necessidade de oito
quilômetros de linha de metrô.
Portanto
nós temos experiências importantes. Inclusive teríamos que estudar um pouco
melhor não cidades como Tóquio, porque a realidade de Tóquio é completamente
diferente, não é Ver. Braz? Humberto Kasper nos disse que lá há 18 linhas
internas, sem contar as linhas que fazem as ligações para fora de Tóquio.
Ninguém de nós pode imaginar, só estando lá - eu não conheço -, mas, sem dúvida
nenhuma, nós podemos estudar isso, inclusive com fotografias pela Internet,
para saber a importância do deslocamento. Alguém disse, eu não me lembro, Ver.
Braz, que hoje não se mede mais a distância por quilômetros, mas pelo tempo de
deslocamento de um lugar para o outro.
E
vejam que hoje nós chegamos a uma situação em que um empresário do Vale dos
Sinos, principalmente os que trabalham com o comércio de calçado, os
exportadores, se tiver que ir a São Paulo, ele gastará menos tempo e menos
dinheiro indo de avião - do Aeroporto Salgado Filho até São Paulo -, em relação
ao gasto com táxi e tempo para se deslocar pela BR 116. Então, é uma
incongruência! Por isso a importância, também, da expansão da linha de metrô de
São Leopoldo para Novo Hamburgo. E, vejam, a Unisinos se dispõe a bancar parte
da linha - do final da linha em São Leopoldo até o campus -, tal a importância
que isso tem.
Então,
Ver. Brasinha, eu tenho certeza de que V. Exª, uma pessoa que tem uma visão de
futuro, um grande batalhador, uma pessoa que se criou nessa dinâmica de ver, de
trabalhar, estará conosco e com todos aqueles que pensam Porto Alegre como uma
Cidade moderna, uma grande metrópole, trabalhando pela expansão da Linha 2 do
metrô. Acho que nós começamos um bom planejamento. Felizmente, não estamos
sendo contaminados com o debate político-ideológico. Ainda bem que isso começou
um ano antes das eleições, porque, infelizmente, muitas vezes a questão do
metrô foi palco de debates eleitorais - um acusava o outro de ser contra ou a
favor, de nunca fazer nada, ou coisa do tipo. Bom, isso é o passado, é olhar no
retrovisor; pode, andando numa cidade, bater no carro da frente e, andando pela
Av. Ipiranga, cair no arroio Dilúvio. Então, alto lá: olhar para frente, olhar
para o futuro, apostar na Linha 2 e cobrar do Governo Federal 1 bilhão e 500
milhões para fazer e terminar essa Linha em 2013. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A
Verª Clênia Maranhão está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A
SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Srª
Presidenta, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, eu queria iniciar a minha intervenção
compartilhando com o Ver. Adeli Sell a preocupação com relação ao metrô na
nossa Cidade, nós também achamos que uma questão tão importante para Porto
Alegre como o metrô não deve servir para debates partidários ou ideológicos.
Eu
trago aqui outro tema que acho que jamais deveria ou deverá se prestar para
disputas eleitorais, partidárias ou ideológicas; eu me refiro à questão da
alfabetização, à questão da qualificação da maioria dos jovens brasileiros que
não tiveram a possibilidade de terminar o Ensino Fundamental. Portanto
necessitava-se neste País de uma política exclusivamente voltada para eles. Eu
me refiro a um programa de política pública brasileira na área de Educação que
se chama ProJovem. O que é o ProJovem? O ProJovem é um programa gerenciado pela
Secretaria Municipal da Juventude - no caso de Porto Alegre, porque temos uma
Secretaria da Juventude -, mas em outras capitais brasileiras isso é feito pela
Secretaria de Educação, é um programa de gestão compartilhada com o Governo
Federal. Eu acho que isso também se coloca dentro de uma ótica, de uma gestão,
em épocas modernas, em que as diversas esferas de Governo, independente dos
Partidos que as administram, cada vez mais têm necessidades de integrar suas
ações para resgatar as dívidas sociais - que são enormes neste País,
infelizmente são enormes - em relação à maioria da sua população.
O
ProJovem atende jovens entre 18 e 24 anos; jovens que estão fora da sala de
aula e que não têm uma capacitação de mão-de-obra que lhes permita disputar uma
posição no mercado de trabalho. Acho que o ProJovem tem uma característica
muito importante, porque, ao mesmo tempo em que ele trata da questão do ensino,
no seu bojo está incluída toda uma questão que se agrega a essa temática, que é
a questão do voluntariado e da cidadania. No caso de Porto Alegre, a execução
do Programa tem, inclusive no dia de hoje, duas novas vitórias. Eu queria
convidar as Sras Vereadoras e os Srs. Vereadores: só na noite de hoje,
128 novos alunos da Estação Pão dos Pobres, da Vila Cruzeiro, receberão os seus
diplomas. Na noite de ontem, dez novos jovens receberam seus diplomas,
inclusive na área de profissionalização, podendo, assim, ingressar no mercado
de trabalho com mais facilidade. E o nosso mercado é absolutamente restrito,
com uma demanda de desempregados enorme. E acho que Porto Alegre está de
parabéns: uma coordenadora do ProJovem afirmou, em uma entrevista no dia de
ontem, que aproximadamente 50% dos alunos que concluíram, lá na Estação
Calábria, o seu curso de formação já conseguiram ingressar no mercado de
trabalho.
Quero
dizer também que, numa entrevista pública, o Sr. Beto Cury, Secretário Nacional
da Juventude, ligado ao Governo Federal, ao Governo do Ver. Adeli Sell,
recoloca as novas gestões com novos ajustes, inclusive de conteúdo e de
proposta do ProJovem, para o conjunto do Brasil, também nessa época se faz um balanço do
ProJovem. Então essa é uma gestão compartilhada entre o Governo Federal e as
Prefeituras municipais; os dados os Vereadores todos têm, inclusive o Ver.
Adeli, que fez uma carta diretamente à Secretaria-Geral da Presidência da
República, solicitando os dados, inclusive dos financiamentos, que foram
respondidos a esta Casa, e eu tenho uma cópia da carta que foi enviada ao Ver.
Adeli Sell. Nesse momento em que o ProJovem passa por balanço em nível
nacional, em que se rediscute o caráter do Programa, temos que elogiar essas
iniciativas, até mesmo porque a Prefeitura de Porto alegre é reconhecida junto
à Secretaria Nacional da Juventude como detentora de uma experiência
absolutamente exitosa no cumprimento das suas metas.
Por último, eu quero dizer que ainda ontem
comuniquei à Presidenta da Casa, Verª Maria Celeste, que há uma solicitação de
comparecimento, também compartilhado, do Secretário Mauro Zacher e do Beto
Cury, Secretário Nacional da Juventude do Governo Federal, Beto Cury, que vai
vir a este Plenário exatamente para que possamos discutir as características da
juventude, possível cliente usuária desse Programa, para que possamos avaliar
diretamente neste Plenário as ações que estão em andamento.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver.
Claudio Sebenelo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores, eu estava lendo um livro que
faz parte de uma revista de tecnologia, e encontrei um artigo sobre transporte
urbano cujo título é “No transporte urbano, o futuro já é o aeromóvel!”. Carlos
Augusto Campos é arquiteto urbanista graduado pela Universidade Federal de
Fortaleza, tem curso de mestrado em Engenharia de Transportes na área de
passageiros e é professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da
Universidade de Santa Catarina. Ele fala sobre o aeromóvel e chama de política
vesga o que as cidades deixaram passar.
(Lê.) “Não podemos continuar ignorando o aeromóvel,
porque é mais avançado e muito superior, sob todos os aspectos, aos bondes e às
tecnologias semelhantes. Além de utilizar via elevada exclusiva, o aeromóvel
tem melhor desempenho, maior capacidade de transporte, menor custo, consumo
energético mínimo, baixa manutenção e não gera poluição. [...] Por que, então,
ainda não se espalhou pelo mundo a idéia do aeromóvel? Primeiro, função do
preconceito que tanto ouvimos e passamos a repetir: ‘produto brasileiro não
presta’; depois, como fruto da ação predatória de dois poderosos lobbies
transnacionais: as companhias petrolíferas (ele não usa combustível) e as
companhias automobilísticas (não é veículo rodoviário), além de fabricantes
estrangeiros de trens, metrôs... Finalmente, sendo um produto brasileiro, as
planilhas orçamentárias não contêm o famoso item ‘contribuição aos nativos’...”
Isto é, propina para a aprovação.
Com isso eu gostaria de anexar ao que disse com
muita oportunidade o Ver. Adeli Sell a proposta de um debate maior e até de uma
Audiência Pública, Srª Presidente - pediria que a Mesa tomasse iniciativa -,
para se falar sobre a mobilidade de Porto Alegre e do modelo que está se
esgotando, que está se extinguindo, porque nós precisamos de iniciativas que
façam com que a mobilidade urbana da cidade de Porto Alegre melhore, inclusive
em relação ao tempo de deslocamento de nossos trabalhadores, tempo que é muito
grande já numa cidade relativamente pequena, se comparada às megalópolis
brasileiras como Rio e São Paulo, onde o operário se desloca 2 horas para ir e
2 horas para voltar, grande
parte do dia ele passa no transporte.
Então,
nossa Cidade está precisando de um debate, e gostaria que a Mesa da Casa
tomasse a iniciativa, Verª Maristela Meneghetti, no sentido de fazer uma
Audiência Pública, em que fosse debatida a questão do metrô, a questão do preço
do aeromóvel, a questão da inserção e conexão das outras disponibilidades de
transporte, como o avião e o ônibus, articuladas com o trem, o metrô. E por que
não discutir essa inserção do raciocínio de uma revista chamada “Transportes
Públicos”, em que o arquiteto Carlos Campos nos traz essa observação, que aqui
na Cidade foi rejeitada e que precisa ser reinserida como alguma coisa - que é
o trem Coester - antipoluente, como algo de grande volume de passageiros, como
algo que até pode ter um custo alto na questão da formação da via, mas que não
polui e é transporte de massa?
Há
vantagens fantásticas descritas pelo nosso engenheiro: funciona em via elevada,
não há quase nenhuma obra civil de construção, a tecnologia é movida a ar, não
queima derivado de petróleo. O sistema de movimentação do aeromóvel compreende
placas de propulsão, que gera o movimento do veículo, sem combustível do tipo
petróleo, isto é, não há poluição. Isso é importantíssimo na gênese e na
formação de uma nova idéia de mobilidade de uma Cidade que precisa se
modificar. Porque, na medida em que Porto Alegre cresceu e que cresceu a sua
frota de automóvel, cresceu o transporte individual, mas o transporte urbano
não acompanhou esse crescimento proporcionalmente. Nós precisamos revisar a
nossa rede viária, a nossa mobilidade em Porto Alegre e, principalmente, as
formas de transportes que podem ser muito mais baratas, muito mais econômicas,
muito menos custosas, sem poluição e com um agrado fantástico às pessoas que
são transportadas, como nós vemos em cidades como, por exemplo, Santiago, no
Chile, que tem seis milhões de habitantes. Lá há um metrô exemplar, magnífico,
perfeito, de uma limpeza e de uma beleza, e é muito difícil alguém enterrar
beleza para debaixo da terra, mas eles conseguiram, é belíssimo o metrô de
Santiago, no Chile. Por que nós não podemos ter a mesma coisa? Obrigado, Srª
Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Obrigada,
Ver. Claudio Sebenelo.
A
Verª Neuza Canabarro está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A
SRA. NEUZA CANABARRO: Exma Srª Presidenta desta Casa, Verª Maria
Celeste; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhores e senhoras, hoje, 11 de outubro, é o
Dia do Deficiente Físico. Quero lembrar a data e fazer algumas reflexões a
respeito do atendimento às pessoas portadoras de deficiência em Porto Alegre.
Sabemos
do preconceito que a pessoa com alguma diferença sofre na nossa sociedade. Para
que alguém tenha sucesso é preciso ser rápido, inteligente e bonito. Cada um de
nós é diferente e precisa ser respeitado. Quem já não teve alguma limitação? É
preciso reduzir as barreiras que dificultam a vida dessas pessoas e suas
famílias. Leis existem de sobra: nove artigos da Constituição Federal, seis
artigos da Constituição Estadual, Decretos, normas e legislação internacional
tratam de pessoas com deficiência. Na prática, a conversa é outra. Faltam
políticas públicas mais concretas e efetivas. Há anos atuo nessa área, e as
mudanças são extremamente lentas.
Nós
construímos em Porto Alegre quatro centros integrados de educação especial para
atender o deficiente. Criamos, quando Secretária Estadual de Educação, o Centro
Abrigado da Zona Norte, que atende deficiente com mais de 18 anos. Atuamos com
diversas instituições e constatamos, em alguns casos, o mal aproveitamento das
capacidades dessas instituições. Algumas têm condições de oferecer mais
atendimento, e outras são muito exigidas. Temos ainda questões que dependem da
equipe que administra a instituição; uma equipe que tem maior trânsito político
e social tem maior sucesso e consegue mais recursos. Justamente aquelas que têm
maior necessidade são as que têm as maiores limitações.
Muitas
pessoas não são atendidas porque as entidades próximas de suas casas não
oferecem o tratamento necessário, e elas não têm condições de se deslocar.
Falta integração entre as instituições, Ver. Dib, para racionalizar os
atendimentos. Por exemplo, temos a AACD, que faz um atendimento de fisioterapia
e de prótese da melhor qualidade, atendendo a um número enorme de pessoas,
inclusive clientes da Zona Sul e Zona Norte, já que está localizada na zona
intermediária de Porto Alegre. Temos o Educandário São João Batista, que tem
uma potencialidade para atender a um número significativo de pessoas, um
percentual de 20% da AACD, desafogando aquele trabalho.
Além
disso, não existem informações sobre o número de portadores de necessidades
especiais de Porto Alegre e suas características. A Fundação Getúlio Vargas
estima que existam 194.560 deficientes; o último censo, do ano de 2000, diz que
são 204.455.
Desde
08 de agosto de 2005, foi sancionada uma lei de minha autoria, aprovada por
unanimidade nesta Casa, que prevê a criação do Cadastro Permanente das Pessoas
Portadoras de Necessidades Especiais, o Capene. E isso, Ver. Dib, seria Porto
Alegre estar na vanguarda, seria se antecipar a algo que está sendo discutido
no Conselho Federal de Educação através da Resolução nº 02, de 2001, que até
hoje não foi aprovada, que obriga o Município a ter um cadastro para que,
quinze dias após, possa dar o atendimento à que faz jus a pessoa que tem necessidades
especiais. O objetivo é organizar um sistema de informações para definir
políticas de pleno acesso às escolas municipais, incluir a educação especial
nesses estabelecimentos e criar escolas especializadas nos sistema de ensino da
Capital.
Nós
tínhamos, depois de muita luta, agendado com o Prefeito uma audiência para que,
com mais nove instituições, ele pudesse ouvir e assumir a coordenação desse
trabalho, dessa integração, mas, lamentavelmente, foi cancelada essa audiência;
a audiência foi marcada para as 11h30min, exatamente no dia em que o Prefeito
mudou de Partido, depois viajou, e agora nós aguardamos, com ansiedade, que uma
nova audiência seja marcada. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Havendo quórum, passamos à
Suspendo
a Sessão por dois minutos para determinarmos a ordem de apreciação das matérias
constantes na Ordem do Dia.
(Suspendem-se
os trabalhos às 16h08min.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste – às 16h10min): Estão
reabertos os trabalhos.
Em votação o Requerimento de autoria das Lideranças
da Casa para a apreciação das seguintes matérias constantes na Ordem do Dia:
obrigatoriamente, a votação do Requerimento nº 121/07; após, o PLCE nº 003/07;
após, votação em bloco dos seguintes Projetos: PLL nº 066/07, PLL nº 062/07, PR
nº 035/07, PR nº 049/07 e PR nº 055/07; Requerimento s/nº da COSMAM e
Requerimento nº 123/07. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
REQ. Nº 121/07 – (Proc. Nº 7159/07 – Ver. Professor Garcia) – requer Moção de Solidariedade aos Professores candidatos aprovados no Concurso 01/2005 – SE, que ainda não foram nomeados. (incluído em 01-10-07)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em votação o Requerimento nº 121/07, de
autoria do Ver. Professor Garcia, que requer Moção de Solidariedade aos
professores candidatos aprovados no Concurso 01/2005 - SE. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 0958/07 -
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 003/07, que altera a Lei Complementar nº 530,
de 22 de dezembro de 2005, que institui o Programa Municipal de Apoio e
Promoção do Esporte - PROESPORTE.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Mario Fraga: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator
Ver. Professor Garcia: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação,
voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82, § 1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 19-09-07.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em discussão o PLCE nº 003/07. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, em votação. (Pausa.) O Ver. Professor Garcia
está com a palavra para encaminhar a votação do PLCE n° 003/07.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para encaminhar a votação do PLCE n°
003/07.
O
SR. MÁRCIO BINS ELY: Exma Srª Presidenta, Verª Maria Celeste, na
pessoa de V. Exª quero cumprimentar os demais Vereadores e Vereadoras desta
Casa. Público que nos assiste nas galerias e pela TVCâmara, senhoras e
senhores, venho a esta tribuna encaminhar em nome do meu Partido, o PDT, nesta
Casa representado pela Bancada dos Vereadores Nereu D’Avila, Neuza Canabarro,
Ervino Besson, Mario Fraga e Márcio Bins Ely.
Nós temos uma grande responsabilidade com esporte,
recreação e lazer nesta Cidade, e também compete ao nosso Partido a
responsabilidade pela Secretaria de Esportes, Recreação e Lazer, na pessoa do
Secretário João Bosco Vaz. Eu gostaria de me manifestar aqui favorável a este
Projeto, porque tenho convicção de que o Proesporte é, com certeza, um dos
maiores recursos, um dos maiores incentivos que se pode dar ao esporte,
fundamentalmente para que se trabalhe o esporte como inclusão social. Falo isso
com a experiência que tive de, por seis meses, responder pela Secretaria de
Esportes. Realmente, temos um percentual bastante significativo que diz
respeito a essa legislação: representa o universo de 10% do Orçamento da
Secretaria de Esportes, valor que tem a possibilidade de estar sendo investido
diretamente no esporte, na sua divulgação, na atividade esportiva, na inclusão
social através do esporte, em atividades educativas de Educação Física, em
palestras, no incentivo a grandes atletas, a profissionais, a amadores, enfim,
num sem-número de modalidades. E falo aqui da Vela, do Atletismo, das Lutas, do
Futebol, do Vôlei, do Basquete, do Futebol de Salão, do Tênis, do Padel e de
tantas outras modalidades que sabemos que dizem respeito ao tema do esporte.
E 10% do Orçamento da Secretaria de Esportes
representam aproximadamente, Ver. Ervino, um milhão de reais, que podem ser
abatidos de ISS e IPTU, tanto de pessoa física como de pessoa jurídica. O ISS é
arrecadado e pode estar sendo abatido imediatamente após a aprovação do
Proesporte, num valor referente a 40% do que a empresa ou pessoa física paga, e
o IPTU no próximo exercício. O Projeto pode representar até 6% do valor total
que representa esse universo de um milhão de reais, podendo, então, atingir um
número muito expressivo de atletas, um número muito expressivo de projetos.
Realmente, a contrapartida não é muito grande, quando considerarmos que se pode
abater 75% do investimento do imposto, ou seja, é apenas necessário que se
invistam os outros 25%. Num projeto, em números redondos, com um investimento
de 10 mil reais, por exemplo, poderão ser abatidos 7 mil e 500 em impostos, e o
investimento passa a ser apenas de 2 mil e 500 reais, que a empresa terá de dar
como contrapartida.
E, aí, eu digo isso porque realmente quem investe
em esporte já paga os 100%! Quem investe em esporte, Ver. Luiz Braz, já vai
pagar aqueles 10 mil, e nós aqui, hipoteticamente, estamos fazendo uma
comparação. Ele terá a possibilidade, além de investir aqueles 10 mil, de
resgatar, através do abatimento dos impostos, 75% dos seus investimentos. Ou
seja, fomenta o incentivo ao esporte. Então eu acho que, realmente, essa
legislação é, sem dúvida, a maior contribuição do Governo Fogaça para o esporte
no Município de Porto Alegre, porque representa, em números absolutos, um
grande volume de aporte financeiro para o esporte na nossa Capital, isso
representa, com certeza, uma qualificação muito importante. Nós vimos
recentemente a contribuição dos gaúchos, dos porto-alegrenses nos Jogos Pan-Americanos,
as inúmeras medalhas que os atletas ganharam, eles venceram grandes países,
países de Primeiro Mundo, disputando, ponta a ponta, com Cuba.
Eu quero cumprimentar também aqui o Secretário João
Bosco Vaz por essa iniciativa, por ter tornado realidade essa legislação. É uma
legislação que representa um volume financeiro muito importante e muito
significativo. E tenho certeza de que trará enormes benefícios, e a
conseqüência será um grande investimento. Trata-se de uma grande alavanca
àqueles que porventura estejam meio acanhados para apostar e investir no
esporte, transformando, quem sabe, o esporte numa ferramenta, num movimento de
inclusão social, porque sabemos que quem está jogando bola, quem está
brincando, quem está se divertindo não está com a cabeça em outro lugar, não
está com a cabeça parada, está se exercitando; está dentro de um ambiente
coletivo, de um ambiente sadio. E nós sabemos o quanto é importante o esporte
para o amadurecimento, para o crescimento, para o fortalecimento e para a estruturação
da formulação do caráter das nossas crianças e dos nossos adolescentes.
Essa é a nossa contribuição. Este é o nosso
encaminhamento: pela aprovação do presente Projeto de Lei. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em votação
nominal, por solicitação desta presidência, o PLCE nº 003/07. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADO por 25 votos SIM.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 2045/07 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 066/07, de autoria do Ver. Newton Braga Rosa, que institui o Dia
Municipal da Ciência e Tecnologia, a ser realizado anualmente, no dia 8 de
julho, concomitantemente às atividades do Dia Nacional da Ciência, e dá outras
providências.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Almerindo Filho: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CEFOR.
Relatora Verª Maristela Meneghetti: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 01-10-07.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 1830/07 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 062/07, de
autoria do Ver. Nereu D'Avila, que institui monumento em homenagem ao 25º
aniversário do Rotary Club Porto Alegre - Anchieta.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Marcelo Danéris: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Ervino Besson: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Verª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 03-10-07.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1223/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 035/07, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que concede o Prêmio
Mérito Sindical ao Sindicato Intermunicipal das Empresas de Compra, Venda,
Locação e Administração de Imóveis e dos Condomínios Residenciais e Comerciais
no Rio Grande do Sul – Secovi/RS.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Valdir Caetano: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Verª Neuza Canabarro: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 03-10-07.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 2741/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 049/07, de autoria do Ver. Claudio
Sebenelo, que concede o Prêmio de Educação Thereza Noronha à Professora Maria
Célia Jardim Porto.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Marcelo Danéris: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Verª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 03-10-07.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 3524/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 055/07, de autoria da Mesa Diretora, que concede o título honorífico
de “Cidadão Integração de Porto Alegre” ao Músico, Instrumentista e Pesquisador
Miguel Angelo Oronoz Proença.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice de natureza jurídica
para a tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 03-10-07.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em discussão o bloco formado pelos
seguintes Projetos: PLL nº 066/07, PLL nº 062/07, PR nº 035/07, PR nº 049/07 e PR
nº 055/07. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação o referido bloco de
Projetos. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO.
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. s/nº – (Proc. Nº 2629/03 – COSMAM) – que indica os funcionários Romeu Vitor Costa e José Luis Espíndola Lopes, respectivamente titular e suplente, na representação deste Legislativo junto à Comissão Permanente de Acessibilidade. (incluído em 03-10-07)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em votação o Requerimento s/nº da
COSMAM (Processo nº 2629/03). (Pausa.) O Ver. Luiz Braz está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento s/nº da COSMAM.
O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, nós, ao longo do tempo,
estabelecemos que esta Casa, através da indicação de suas Comissões, se faria
representar nos diversos Conselhos existentes em nossa Cidade, mas parece que
essas indicações das Comissões são submetidas a este Plenário só para manter as
aparências. Eu acredito que, antes de votarmos os nomes - e eu não sou
contrário a nenhum deles, estou pegando este Projeto agora, Ver. Elói Guimarães
-, deveríamos ter, pelo menos, ciência de a qual Partido pertencem, porque
sabemos muito bem que vários Partidos vão se lastreando nos Conselhos através
das indicações dessas representações através dos tempos. Nós chegamos à
conclusão de que a maioria dos representantes nos Conselhos que existem na
Cidade são representantes praticamente de uma única vertente ideológica. É hora
ou de nós realmente pararmos, já que somos órgão de fiscalização - acho que não
deveríamos ter representantes nos Conselhos -, ou alterarmos essa legislação
que faz com que tenhamos representantes nos Conselhos e realmente nos portemos
apenas como uma instituição fiscalizatória com relação à atuação dos Conselhos,
ou que essa escolha seja procedida de uma forma mais democrática, Ver. João
Dib, para que todos os Partidos possam se fazer representados de forma igual
nos Conselhos que existem na Cidade. Senão, Ver. João Dib, vamos continuar a
chancelar o que vem acontecendo ao longo da história dos últimos tempos aqui em
Porto Alegre: apenas uma única vertente ideológica tem praticamente quase todas
representações nos Conselhos que existem por aqui.
Então,
não sou contrário a nenhum nome, não me volto contra nenhum funcionário da
Câmara Municipal que possa ser apontado como representante nos diversos
Conselhos, mas acredito que chegamos ao momento de uma nova reflexão: se nós
devemos manter uma representação nos Conselhos. Eu acho que não, Ver. Dib,
porque somos órgãos de fiscalização, não deveríamos, acredito, manter essa
representação nesses Conselhos. Mas, se for voto vencido, se tivermos que
manter essa representação, que ela realmente possa contemplar, de forma igual,
todas as correntes de pensamento presentes neste Plenário, caso contrário
estaremos cometendo um ato falho para com a sociedade. A sociedade está
representada por todos nós, Vereadores, e ela espera que possamos fazer com que
haja uma igualdade dentro da sociedade nos órgãos de representação e,
principalmente, nos debates todos que acontecem nos diversos campos do
pensamento em nossa Cidade.
Então,
eu vou solicitar, Ver. João Dib, que não votemos, mais uma vez, essas
indicações, para que possamos, quem sabe, conhecer melhor os representantes e
até fazer um debate mais prolongado a respeito dessa necessidade de termos
representações dentro dos Conselhos.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Elói Guimarães está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento s/nº da COSMAM.
O
SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª
Presidenta, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, quando o Ver. Luiz Braz deixou a tribuna, eu
disse a ele que a sua fala iria repercutir. É nesse sentido que gostaríamos de
fazer breves reflexões sobre o tema, independentemente das pessoas indicadas,
mas levando em consideração o processo que se afigura, muito bem trazido pelo
Ver. Luiz Braz, chamando a atenção para um conjunto de aspectos no sentido de
termos mais debates, mais informações a respeito das pessoas, dos indicados.
Averbando as preocupações de V. Exª, eu até acho que deveríamos sabatinar os
indicados, afinal os Conselhos são importantes. Aqueles que vão integrar os
Conselhos vão tomar decisões importantes, e essas decisões terão que estar
calcadas, alicerçadas em decisões imparciais, buscando exatamente a finalidade
pública, o interesse público, para que as decisões saídas dos Conselhos
sobrepairem as questões ideológicas, se coloquem na linha de decisões na busca
do bem comum, na concepção do bem comum, numa posição republicana,
eqüidistante, imparcial. O Conselheiro nunca deve ser neutro, pois é da
natureza democrática que cada pessoa tenha a sua tendência. Nós defendemos
isso, porque é importante a pessoa ter uma posição a respeito do mundo, das
coisas, só que aprofundar melhor valorizaria a indicação por parte das
Comissões, na medida em que viria ao Plenário o indicado para ser questionado
sobre aspectos de ordem técnica, política, administrativa, etc.
Então,
Ver. Luiz Braz, nós vamos votar a matéria, mas seria importante que, em
oportunidades seguintes, se pudesse aprofundar, nós valorizaríamos a escolha do
Conselheiro, para que não passasse matéria importante como esta in albis, sem
uma inspeção por parte do órgão deliberativo que é a Casa. Portanto, eu me somo
às preocupações de Vossa Excelência. Acho que é preciso que se faça um debate
sobre essa lacuna, esse vazio, parece-me que é o caso de se legislar sobre essa
matéria. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento s/nº da COSMAM.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; colegas Vereadores e Vereadoras, nós temos duas
discussões para fazer. Uma é de mérito, a indicação de dois representantes do
Legislativo Municipal - os funcionários Romeu Vitor Costa e José Luis Espíndola
Lopes -, indicação que está sendo apresentada a este Plenário pela Comissão de
Saúde e Meio Ambiente desta Casa. E, como é de praxe, a Casa sempre aprova as
indicações dos Conselheiros escolhidos no interior de cada Comissão. Portanto,
o nosso voto é favorável.
E
quero aqui trazer outra discussão que é a de conceito, levantada aqui pelo Ver.
Luiz Braz, no entendimento de que o Legislativo não deveria apontar
representantes para participar dos diversos Conselhos da Cidade. Mas temos que
fazer a discussão de fundo sobre qual é o papel da democracia representativa -
a deste Legislativo - com a democracia participativa - a dos Conselhos -, que
discute no seio da sociedade o conjunto de políticas. Os diversos Conselhos
existentes têm diversas atribuições, alguns são deliberativos, outros são
consultivos, eles apresentam variações. Por exemplo, o Conselho da Saúde não
tem a mesma dinâmica do Conselho de Ciência e Tecnologia e assim por diante.
Eu
entendo que esta Casa, que é a essência da democracia representativa, que é o
Legislativo Municipal de Porto Alegre, deva ter, sim, representantes em todos
os Conselhos ou em todos os segmentos da discussão popular da cidade de Porto
Alegre. Por quê? Porque lá se faz a discussão da democracia participativa, é a
sociedade participando ativamente na discussão das políticas setoriais e/ou das
políticas integrais da Cidade. Portanto, se este Legislativo tiver uma
representação junto a esses diversos fóruns, ele vai estar buscando uma
integração, inclusive saberá quais são as tendências da sociedade sobre os
diversos temas; então, obviamente, o Conselheiro tem que dar retorno a esta
Casa.
Ver.
Luiz Braz, talvez tenhamos que qualificar o retorno da participação dos
diversos Conselheiros da Câmara Municipal de Vereadores, para que tragam a esta
Casa os temas que estão sendo discutidos e qual a interface que se pode ter com
os debates que aqui fazemos. Por exemplo, há poucos dias nós aprovamos o
Conselho Municipal de Acessibilidade, que discute toda a política municipal
referente às pessoas com deficiências; se tivermos representantes nesse
Conselho, no momento em que formos votar qualquer legislação, é importante que
haja esse retorno, que os representantes nos tragam um relato. Só assim
poderemos balizar a discussão e elaborar uma política em cima do que a
sociedade está pensando, sobre qual é a sua tendência, quais os problemas que
os setores da sociedade enfrentam, e tudo isso à luz das informações trazidas
por esses representantes dos Conselhos. São as entidades e as instituições
representando a democracia participativa numa interface com este Legislativo,
que é a democracia representativa.
Portanto,
Ver. Luiz Braz, trago essa discussão, porque acho importante que nós possamos
ter uma interface, ou seja, um relacionamento da democracia participativa com a
democracia representativa, talvez com isso as legislações expressem, com a
maior proximidade possível, o que os setores da sociedade estão discutindo,
pensando, poderemos assimilar as suas contribuições. Quanto mais nós
envolvermos opiniões diferentes da sociedade, construindo um consenso através
da sensibilidade, mais a Cidade tende a ganhar. Nessa discussão de conceito, a
nossa opinião é de que a integração da democracia participativa com a
democracia representativa também é uma tarefa deste Legislativo. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Claudio Sebenelo, o Requerimento s/nº
de COSMAM (Processo nº 2629/03). (Pausa.) (Após a apuração nominal.) São 16
votos SIM, nenhum voto NÃO.
Lamentavelmente não há quórum para prosseguirmos a
presente Sessão e para continuarmos esta votação. Fica priorizado este
Requerimento para votação em Ordem do Dia da próxima segunda-feira.
Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 16h47min.)
* * * * *